“Aquele que nos contava as horas” é um título de um poema de Paul Celan. São três esculturas com faisões taxidermizados esbugalhados na parede, parte feitas em latão fundido, parte com a própria ave. Uma discussão presente é a caça como uma violência domesticada. Como uma perseguição encenada, onde perseguido e perseguidor são, de uma maneira engraçada e ridícula, parte de um jogo com o perdedor previamente anunciado. Há um interesse em lidar com uma certa violência contida, quase escondida, quase aprisionada. O corte que aparece em vários trabalhos ressalta esta idéia.